Envio-te um toque de saudade e logo atiro os braços e sempre a mesma pergunta para o ar: porquê? Porquê a renúncia dum sorriso na tua ausência, porquê o fim do Mundo para mim, porquê perdida em e sem ti?
Os meus olhos tocam-te, banham-te ternamente, tão ternamente como lágrimas de um amante chovendo de uma estrela sobre a aurora, e inundam-se de contentamento e felicidade arduamente contida. Mas porquê todo este orgulho e Amor mal disfarçados?
Sorris-me calorosamente. Ganho um sorriso e uma repetição mental: porquê? Porquê toda esta felicidade em mim, porquê este esquecimento natural?
Um leve beijo em tua face e um desejo inocente de mais. E a pergunta, sempre a pergunta... Porquê esta necessidade de te ter em meus braços, porquê esta incapacidade de te largar?
É mais um dia em que me acalmo com a tua presença, mais um para o qual só me sinto preparada porque tu me fazes forte. Mas porquê esta fraqueza sem a tua mão, porquê sempre contigo ou em ti, porquê desnorteada sem o teu olhar?
Sou curiosa por natureza e tu fazes despertar o melhor de mim mas continuo sem perceber porquê...
E foi mais uma vez que não te disse que te amo, mais uma vez que não verbalizei numa só palavra todas as infinitas respostas certas para a pergunta que não me atrevo a fazer-te. Porquê? Porquê este mutismo involuntário, porquê tudo num olhar?
E porquê a incompreensão?
Porquê pela primeira vez a interrupção da procura sem resposta e a continuidade do sentimento?
Porquê cada vez mais forte, porquê..?
Porque sim. E afinal por que não?
1 comentário:
Sabes que mais... por que não? <3
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