Escolhi


Fizeste-me escolher.

Quiseste assim, encostaste-me à parede, deste-me a escolher, e eu escolhi e tu fodeste-te. E o que ganhaste com a tua estupidez? Magoaste-me, magoaste-te, e agora dou comigo a morder o lábio para não chorar ao ver-te...

Sim, fodeste-te. Perdeste o que mais amavas no mundo, a tua razão de viver, como dizias. No entanto ainda vives, e cada vez melhor ao que parece...

Eu ainda te amo, sabias? Foste parvo, foste estúpido, burro, um grandessíssimo cabrão, e todos os outros nomes de que me vou conseguindo lembrar, mas amo-te mesmo assim e não creio que alguma vez deixe de o fazer (Se fosse a ti riscava essa hipótese, não é verdade?) E dói quando passas por mim como se não me conhecesses, quando finges que não sou ninguém para ti e ambos sabemos o que t(iv)emos. Dói mais do que discutir contigo todos os dias (discutindo sabia que era alguém, é a incerteza que me mata), mais do que me teres obrigado a escolher, mais até do que ter escolhido... Mas dói ainda mais fingir que não me importo com isso!

Mas já não falo de ti, sabes? Já deixaste de ser o meu tópico principal (e preferido) de conversa, agora reprimo-te. Faço por ignorar o teu nome sussurrado na minha cabeça a cada segundo, tento calar esse grito incessante do coração em meu sangue, a fluir em mim, a querer sair por cada poro da minha pele. Tento abafar todas as comparações a ti (que no fundo são inúteis...), tento até pôr um sorriso quando as minhas tentativas são falhadas. Aí, encolho os ombros descontraidamente e finjo (também eu) que és ainda menos que ninguém, que és apenas mais um, igual a todos os outros. Mas sabes que mais? Não vale a pena fingir.

1 comentário:

Cá ઇ‍ઉ disse...

Não finjas... Os sentimentos foram feitos para serem mostrados! Não os escondas... eu deixei de esconde-los e agora estou bem!

Amo-te sabias?